percorre estas curvas
como um viajante
que desconhece o caminho.
um aventureiro,
um explorador,
por aqui perdido.
e em cada beijo à frente,
deixa para trás
seus rastros molhados.
contempla a luz misteriosa
no luar do meu olhar.
trilha os arrepios da pele,
por onde, como estrelas,
os meus sinais estão a te guiar.
sou o mapa do peregrino
que desliza pela curva do pescoço,
escala o monte divino dos seios
e desce pelo vale das coxas.
faz acampamento,
descansa seu caminhar noturno
e se perde, mais uma vez,
nesse continente desnudo.
encontra a doce nascente,
e deleita-se no manancial.
faz morada, viajante,
e abriga no meu calor,
a sua vida.
Camila Matos
editado por: Werterley Martins da Cruz
Comments