Passeando por meus devaneios:
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O mundo virou do avesso ou me retirou do avesso?
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Forçada a viver o real, além do limite que me pus.
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Conviver. Palavrinha um tanto pungente. Objetiva a dolorida experiência de encarar o outro, e mais que o outro, o meu eu desconhecido.
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A conclusão é: sou um monstrinho. Ou talvez, cada um aqui seja, se olhar bem pra involução da humanidade.
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Corro de um extremo ao outro, entre o que defini, um dia, ser o bem e o mal.
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Meu desespero é alcançar o equilíbrio que, com certeza, perdi! Controlar a ansiedade que não sabia ter. Foi assim... inevitável perceber, sou toda emoção.
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Dei um Google sobre papos de psicólogos e descobri: emoção "são estados psicológicos e biológicos, e o leque de propensões para a ação".
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Variável, mutável, cheia de tonalidades. Me encontrei, ou não.
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Nada menos que meu corpo e minha mente trabalhando para me fazer agir, reagir ou estabilizar minha existência. Tudo isso sou eu, movendo numa máquina sangrenta.
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Sou quem a cada tempo responde as ações externas, de diversas formas, para cada pessoa ou ambiente onde me encontro.
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Por todo instante, onde estou e quem sou?
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Na mente e no corpo, toda emoção. Meu desafio? Aprender a me dosar!
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Texto nascido de poucas percepções.
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Camila Matos
editado por: Werterley Martins da Cruz
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