A dor é uma dádiva que nos traz renovação.
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O quebrantamento e a sensação de vazio. A dor dispensa palavras para descrevê-la ou
contemplar a ela algum significado. A sua verdade é a queda.
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Dor é cair. Dor é ralar os joelhos. Dor é arranhar o coração. Dor é embrulhar o estômago. Dor é dar pane na mente. Dor é não saber equilibrar, um só instante, a emoção. É descer enrolando na ladeira.
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As lágrimas que lavam os olhos e a alma, também é dor. E a respiração ofegante que tenta engolir o choro, também é dor. O sentir e expulsar materializa a dor e ser capaz de abraçá-la é a cura.
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A queda que provoca dor só será ruim a depender de qual perspectiva estejas disposto a encará-la. É preciso saber que ela existe. É preciso que ela exista, para continuarmos a viver nessa montanha russa que é a vida. Do contrário, qual seria a graça?
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O amortecedor da queda é o chão. Ele é, também, seu ponto de partida e o seu limite. Por isso, se estiver caindo, não se segure, simplesmente chegue ao chão. Sinta a dor porque ela é muito importante.
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O chão é seu limite e o céu são suas infinitas possibilidades.

Camila Matos
editado por: Werterley Martins da Cruz
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